AGU processa 27 pessoas que postaram nas redes durante atos golpistas
- 02/05/2023
A Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou nesta sexta-feira
(28) com nova ação contra mais 27 pessoas apontadas como participantes da
invasão e depredação das sedes do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e
do Supremo Tribunal Federal, nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
O objetivo é que elas sejam obrigadas a arcar com os
prejuízos da destruição, calculado em R$ 26,2 milhões, até o momento. As novas
pessoas processadas foram apontadas em relatório de inteligência da Polícia do
Senado, “que identificou publicações em redes sociais feitas pelos próprios
acusados no dia dos atos, comemorando em filmagens a invasão do prédio do
Congresso Nacional e até mesmo o embate com os policiais legislativos”,
informou a AGU, em nota.
Com a nova ação, chegou a 250 o número de pessoas físicas
processadas pela AGU com o objetivo de ressarcir os prejuízos causados pelos
atos golpistas. Também são processadas três empresas, um sindicato e uma
associação. Ao todo, são sete ações protocoladas na esfera civil da Justiça
Federal.
A grande maioria dos alvos diz respeito a pessoas flagradas
perpetrando os atos de invasão e destruição, algumas das quais foram presas em
flagrante no próprio 8 de janeiro. Alguns desses indivíduos estão sendo também
processados criminalmente, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Apenas uma dessas ações diz respeito a suspeitos de serem
financiadoras dos atos, por meio do fretamento de ônibus para transportar os
vândalos. Neste processo é pedido também indenização por dano moral coletivo no
valor de R$ 100 milhões.
“Os atos foram praticados em desfavor dos prédios federais
que representam os Três Poderes da República, patrimônio tombado da humanidade,
com a destruição de símbolos de valores inestimáveis, deixando a sociedade em
estado de choque com os atos que se concretizaram no fatídico 8 de janeiro de
2023”, argumentou a AGU.
Todas as ações tramitam na Justiça Federal do Distrito
Federal, que já deferiu o bloqueio de bens de boa parte dos indivíduos
processados, de modo a garantir o pagamento em caso de condenação.
EBC | Foto: Marcelo Camargo
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