Bolsonaro insiste que médicos são escravos do regime cubano
- 18/11/2018
O presidente eleito Jair
Bolsonaro voltou a afirmar neste domingo (18) que Cuba submete seus
profissionais, vinculados ao programa Mais Médicos, a uma situação de
"trabalho análogo à escravidão". Ele também afirmou que alguns prefeitos,
que reclamam da saída dos cubanos, querem se eximir de responsabilidades.
"A prefeitura mandou embora
seu médico para pegar um cubano. Quer ficar livre da responsabilidade. A saúde
[municipal] também tem sua responsabilidade", afirmou Bolsonaro, ao
prestigiar as finais do evento de Jiu-Jitsu Abu Dhabi Grand Slam Rio.
Ele disse que ainda não é o
presidente, mas que "dia 1º vamos apresentar [uma solução para a saída dos
médicos cubanos]. Não podemos admitir escravos cubanos no Brasil nem continuar
alimentando a ditadura cubana também".
Bolsonaro reiterou o que disse há
dois dias, lembrando que muitos cubanos deixam para trás as famílias, pois não
podem trazê-las para o Brasil e são obrigados a repassar 70% dos salários para
o governo de Cuba.
Reações
A Abrasco (Associação Brasileira
de Saúde Coletiva) divulgou nota neste domingo alertando sobre o impacto da
saída dos médicos cubanos. O documento cita a presença dos profissionais em 2,8
mil municípios e destaca que em 611 municípios todos os médicos atuantes são
cubanos.
De acordo com a entidade, as
dificuldades de lotação e fixação de médicos em áreas de difícil acesso ou de
alta vulnerabilidade social é um problema histórico e estrutural do sistema de
saúde brasileiro que começou a melhorar em 1994, com a implantação da
Estratégia Saúde da Família e, especialmente em 2013, quando foi criado Programa
Mais Médicos para o Brasil.
Nova cirurgia
Jair Bolsonaro também confirmou
que irá a São Paulo no próximo dia 23 para se submeter a exames pré-operatórios
para a retirada da bolsa de colostomia. No sábado (24) ele seguIRÁ para o Rio
de Janeiro. "Estarei na minha Brigada de Infantaria Paraquedista [no Rio]
onde verei milhares de colegas que serviram comigo naquela grande
unidade", afirmou.
O presidente eleito afirmou que
terá uma agenda intensa em Brasília a partir de terça-feira (20) e defendeu a
união dos poderes para buscar soluções para os problemas do país: "Temos
que nos unir. Não posso governar sozinho. O Executivo apesar de falar que é um
Poder independente, em grande parte depende do Parlamento brasileiro. Temos que
nos aproximar e muito do Parlamento", disse.
Ao deixar a Arena 1, onde
aconteceu a competição de jiu-jitsu, o presidente eleito parou em um quiosque
na Barra da Tijuca, onde tomou água de coco, tirou fotos e cumprimentou quem
passava pelo local.
Da redação Alerta Paraná|Foto: Tomaz Silva/AGBR
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