Padilha: CPMI não atrapalhará tramitação de arcabouço fiscal
- 25/04/2023
A possível instalação da Comissão Mista Parlamentar de
Inquérito (CPMI) que investigará os atos golpistas de 8 de janeiro não deverá
interferir na tramitação do arcabouço fiscal no Congresso, disse nesta
segunda-feira (24) o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
Ele reiterou que o calendário que prevê a apresentação do relatório na Câmara
dos Deputados até 10 de maio está mantido.
“Na nossa opinião, esse [a abertura da CPMI] é um debate
político dentro do Congresso, mas ele não vai atrapalhar o calendário de
votação do marco fiscal. No dia 10 de maio, deve ser apresentado o relatório do
marco fiscal na Câmara e, no dia 19, o [relatório] da [primeira fase da]
reforma tributária. São dois temas econômicos centrais para o governo que
continuam com o calendário mantido e bom andamento na Câmara e no Senado”,
disse Padilha após se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Banco Central
Padilha também comentou sobre a indicação dos dois novos
diretores do Banco Central (BC). No fim de fevereiro, os mandatos dos diretores
de Política Monetária e de Fiscalização venceram. Segundo o ministro, a
definição só sairá depois do retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva da
viagem a Portugal e à Espanha.
“O presidente Lula volta de Portugal para definir os nomes
no tempo necessário. Tenho certeza absoluta de que, vindo dessa dupla [Lula e
Haddad], só podemos esperar nomes muito qualificados tecnicamente e que tenham
o compromisso com a responsabilidade das contas públicas e a responsabilidade
social”, declarou Padilha na saída do Ministério da Fazenda.
Pela lei que concedeu autonomia ao BC, os diretores têm
mandatos de quatro anos. Conforme o cronograma, o presidente Lula terá a
oportunidade de substituir sete dos nove diretores do BC até o fim de 2024,
incluindo o presidente do órgão, Roberto Campos Neto.
O antigo diretor de Política Monetária Bruno Serra pediu
exoneração do cargo no fim de março. Servidor de carreira do BC, o diretor de
Fiscalização, Paulo Souza, informou que aceita uma eventual recondução ao
cargo.
Além das viagens de Lula, o principal motivo do atraso nas
indicações decorreu da demora do Senado formar as comissões na nova
legislatura. Os diretores e o presidente do BC precisam ser sabatinados e
aprovados pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), comandada pelo senador
Vanderlan Cardoso (PSD-GO). Em seguida, os nomes precisam ser aprovados pelo
Plenário do Senado.
Com Inf: EBC | Foto: Marcelo Camargo
Ficou sabendo de algo? Envie sua notícia no WhatsApp Xeretando (45)99824-7874
0 Comentários