Ano foi atípico do ponto de vista climático, diz Secretário de Política Agrícola
- 18/11/2018
O ano de 2018 foi bem atípico do
ponto de vista climático. Primeiro, por conta do excesso de chuvas do início do
ano; depois pela estiagem prolongada de abril a maio, seguida de ventos fortes.
Impactos financeiros foram sentidos pelos agricultores e agricultoras
familiares. A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento
contabiliza prejuízos com perdas de milho e feijão da segunda safra 2018 da ordem
de R$ 1,34 bilhão em virtude da estiagem.
Grandes prejuízos que, segundo o
secretário de Política Agrícola da FETAEP, Marcos Brambilla, só foram
amenizados nas propriedades em que o agricultor adotou boas práticas de
cultivo. “Ou seja, quem fez um bom manejo de solo – plantou em nível, fez uma
cobertura de solo adequada, terraços, curva de nível, entre outras técnicas –
com certeza sentiu menos os efeitos das condições climáticas de 2018”, afirma
Brambilla, relembrando a grande divulgação que a FETAEP fez sobre a importância
da agricultura familiar aderir ao PROSOLO (Programa Integrado de Conservação de
Solo e Água do Paraná) – do qual é integrante do conselho gestor e político.
Clima
De acordo Brambilla, as chuvas de
janeiro e fevereiro prejudicaram a colheita dos agricultores paranaenses. “As
plantas que estavam em final de ciclo – como feijão, trigo, milho e soja –
começam a brotar já que a colheita foi adiada, perdendo dessa forma a
qualidade”, comenta Brambilla. Já a seca, diz ele, acabou prejudicando a
produção do milho, em especial do milho safrinha.
“Atrelado a isso, a planta – que
já tinha sofrido com a estiagem e estava com a raiz debilitada – acabou se
quebrando ou tombando com os ventos”, afirma.
Em muitos casos, segundo ele, houve a perda total. Porém, o agricultor
que estava assegurado, pelo PROAGRO (Programa de Garantia da Atividade
Agropecuária) foi ressarcido e teve as perdas amenizadas. “No entanto, aquele
que investiu com recursos próprios, sem financiamento, teve bastante prejuízo.
No máximo, aproveitou alguma coisa para o trato animal”, lamenta Brambilla.
Outra atividade que também foi afetada pelo clima foi a produção leiteira. “Se o milho não rendeu conforme o esperado, sobrou menos para produzir a silagem que iria alimentar o gado de leite. Consequentemente, silagem de baixa qualidade ocasionou baixa produção de leite”, concluiu.
Fetaep
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