Brasil e China assinam memorandos para nova industrialização
- 14/04/2023
Brasil e China estão assinando uma série de memorandos
visando uma "nova industrialização" no Brasil, que tenha “bases
sustentáveis, com inovação tecnológica e investimentos em setores estratégicos”.
Caberá ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC),
a responsabilidade por três deles, focados em investimentos industriais,
economia digital e facilitação do comércio.
“As conversas em torno de cada área serão pautadas também
por questão ambiental, dada a importância do tema para os chineses e para o
governo brasileiro. Entre os assuntos de interesse ambiental está a atração de
investimentos em energia renovável, infraestrutura verde, manejo sustentável de
florestas, tecnologia e inovação”, informou o MDIC.
Em nota, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, disse
que, além de ser importante parceiro comercial, a China pode ajudar o Brasil a
ocupar um lugar de destaque na indústria 4.0 – termo adotado para a chamada
quarta revolução industrial, caracterizada por abranger sistemas tecnológicos
como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em
nuvem.
“Há uma sinergia entre o projeto chinês Made In China 2025 e
o pensamento do MDIC, recriado pelo presidente Lula. As duas nações querem
desenvolver produtos inovadores e modernizar sua produção industrial. A troca
de conhecimentos entre os países é muito importante neste momento”, afirmou
Alckmin, que também comanda a pasta.
Ao destacar a convergência entre os destinos dos dois
países, Alckmin disse que o futuro passa por política industrial,
neoindustrialização, bem como pela “busca de novas tecnologias, preservação do
meio ambiente e diminuição dos entraves comerciais no mundo da economia digital”.
Cooperação industrial
Segundo o ministério, o memorando de cooperação industrial
tem como ator principal o setor privado. Ele prevê tratativas para
investimentos e trocas tecnológicas nos setores de mineração, energia,
infraestrutura e logística (estradas, ferrovias, portos, gasodutos), indústria
de transformação (carros, máquinas, construção, eletrodomésticos), alta
tecnologia (medicamentos, equipamentos médicos, tecnologia da informação,
biotecnologia, nanotecnologia, setor aeroespacial) e agroindústria.
Economia digital
No caso da economia digital, as conversas devem evoluir para
a “construção de uma infraestrutura econômica capaz de integrar tecnologias
interativas inteligentes a atividades como manufatura avançada, circulação de
mercadorias, transportes, negócios, finanças, educação e saúde”. Abrange,
segundo o MDIC, redes de banda larga, navegação por satélite, centros de
processamentos de dados, computação em nuvem, inteligência artificial,
tecnologia 5G e cidades inteligentes.
O memorando aborda também questões relativas a novos modelos
de negócio, regulação, pesquisa, treinamento e capacitação.
Comércio
O memorando sobre facilitação de comércio apresenta diretrizes no âmbito do Grupo de Trabalho de Facilitação do Comércio, que prevê conversações para eliminação de barreiras e adoção de boas práticas comerciais e regulatórias em temas de interesse bilateral, além de prever o estabelecimento de canais de comunicação eficientes, apoio à participação em feiras e dar agilidade à circulação, à liberação e ao despacho aduaneiro.
Com Inf: Governo do Espírito Santo/Divulgação
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