Diego Aguirre é o novo técnico do São Paulo

• 11/03/2018

A diretoria do São Paulo e Diego Aguirre chegaram a um acordo, e o Uruguai é o novo técnico do time paulista. A negociação começou horas após a demissão Dorival Junior e foi definida de sábado para domingo.

Sem clube, Aguirre era a opção mais viável financeiramente para o São Paulo. Ele assinará contrato até dezembro. O vínculo não terá multa rescisória. A apresentação do técnico será na segunda-feira (12), às 15h30 minutos, no CT.

O novo técnico vai substituir Dorival Júnior, demitido na última sexta-feira (09), após oito meses na frente do time. Os jogadores do São Paulo já sabiam da contratação iminente do uruguaio horas depois da demissão do ex-técnico.

Aguirre tem a intenção de ir ao Morumbi no jogo deste domingo, quando o time paulista enfrenta o RB Brasil pela última rodada da primeira fase do Campeonato Paulista às 17 horas.

Para não causar desconforto para o interino André Jardine, o novo dirigente não pretende aparecer publicamente, já que Jardine comandará a equipe classificada para enfrentar o São Caetano no mata-mata do torneio estadual.

Os grandes entusiastas da contratação de Diego Aguirre foram o executivo de futebol Raí, o coordenador Ricardo Rocha e o superintendente de relações institucionais Lugano. Raí e Ricardo Rocha atuaram com Aguirre no São Paulo no início dos anos 90, e Lugano foi treinado por ele no Plaza Colonia do Uruguai, em 2002. O trio convenceu outros dirigentes tricolor que o projeto pode dar certo.

Raí disse ao site oficial do São Paulo, “ Aguirre é um técnico atualizado, com grandes trabalhos para que queremos no futebol do São Paulo. Confiamos que ele tem o perfil e a metodologia de trabalho que se encaixem com o clube”.

O nome de Aguirre no Uruguai é considerado para assumir a seleção celeste depois da Copa do Mundo na Rússia, após o possível fim do ciclo de Óscar Tabárez, desde 2006 no cargo.

Ciente disso, o time paulista fez uma combinação com Aguirre. Caso ele seja chamado para treinar a seleção do Uruguai, não deveria deixar o clube no meio do ano, mas só em dezembro.

O colombiano Juan Carlos Osorio e o argentino Edgardo Bauza foram os últimos estrangeiros a comandar o São Paulo, deixaram o clube antes do fim dos contratos para assumir as seleções do México e da Argentina, respectivamente.

Aguirre deverá vir acompanhado de três profissionais, serão dois auxiliares, Juan Verzeri e Raul Enrique Carreras e Fernando Pignatares, preparador físico.

A filosofia de Aguirre é de rodar o elenco e dar minutos de jogo para todos os jogadores. Ele considera inviável manter a intensidade de jogo necessária com o elevado número de partidas por anos e o desgaste causado deslocamentos no futebol brasileiro.

O representante de Aguirre na época de jogador, Juan Figer, tem bom trânsito com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, e foi o responsável por conduzir as conversas com o São Paulo.

Jorge Américo também assessora o novo técnico, que negociou as transferências dele para o Internacional, em 2015, e o Atlético-MG, em 2016. No São Paulo, Aguirre terá André Jardine como auxiliar fixo na comissão técnica. Ele foi informado do projeto do clube para o profissional e aceitou tê-lo em seu lado.

Diego Vicente Aguirre Camblor, nasceu em Montevidéu, atualmente com 52 anos. Iniciou a carreiro de técnico em 2002.  San Lorenzo da Argentina foi o último clube que dirigiu, onde saiu em setembro após ser eliminado nas quartas de final da Libertadores, pelo Lanús.

O uruguaio comandou o Internacional, em 2015, quando a equipe gaúcha foi semifinalista da Libertadores, e o Atlético-MG, o time caiu nas quartas de final da Libertadores para o próprio São Paulo, em 2016. Aguirre também foi jogador profissional de 1985 a 1999. Jogou também como atacante para o próprio São Paulo no início dos anos 90. Foi no Peñarol que Aguirre teve mais destaque na carreira, tanto como jogador quanto como técnico. Foi dele o gol do último dos cinco títulos do time uruguaio na Libertadores de 1987, contra o América de Cali. Já no banco, em 2001, levou a equipe à final da competição continental, perdida para o Santos de Neymar.

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