Após nova operação da Lava Jato, Cida pede à Justiça suspensão da cobrança do pedágio
- 27/09/2018
A governadora e candidata à
reeleição Cida Borghetti (PP) determinou hoje que a Procuradoria-geral do
Estado ingresse na Justiça com ação pedindo a suspensão da cobrança de pedágio
em todo o Anel de Integração. A medida se baseia nos fatos apurados pela
Operação Integração, na 55ª fase da Lava Jato, que indica manipulação dos
contratos e dos preços das tarifas para atender interesses das concessionárias.
Entre os presos na operação de hoje estão José Pepe Richa Filho, irmão do
ex-governador e candidato ao Senado, Beto Richa (PSDB) e ex-secretário de
Estado da Infraestrutura, o diretor regional da Associação Brasileira de
Concessões Rodoviárias (ABCR), João Chiminazzo Neto; e representantes das seis
concessionárias que cobram pedágio nas rodovias federais do Paraná: Econorte,
Ecovia, Ecocataratas, Rodonorte, Viapar e Caminhos do Paraná. O primo de Richa,
Luiz Abi, também teve a prisão decretada, mas não foi encontrado por estar em
viagem ao exterior.
“São denúncias muito graves que
precisam ser investigadas a fundo. Enquanto isso ocorre é justo que haja a
suspensão da cobrança do pedágio. Os paranaenses pagam uma tarifa muito alta e
há indícios fortes de manipulação dos preços. Por isso, estamos adotando esta
medida e espero que a Justiça acate”, defendeu Cida Borghetti.
Segundo a governadora, a partir
do pronunciamento da Justiça, não está descartada a possibilidade do governo do
Estado pedir também o encerramento dos atuais contratos. “Vamos aguardar a
manifestação da Justiça sobre o pedido de suspensão. A partir disso, avaliar
outros encaminhamentos para o caso dos pedágios. Mas a possibilidade de pedir o
imediato fim dos contratos também é uma medida que vamos estudar”, disse.
A governadora lembrou que em
junho notificou formalmente as concessionárias do fim dos atuais contratos em
2021. “Não concordo com este modelo e reforçamos que não haverá possibilidade
de renovação dos contratos. A partir disso, as empresas têm três anos para
entregar tudo que ainda está faltando. Em paralelo, vamos construir junto com a
sociedade um novo modelo”, afirmou Cida.
A PGE deve protocolar a ação nos próximos dias na Justiça Federal. O argumento é de que a suposta manipulação dos contratos, envolvendo servidores públicos e empresários, prejudica os usuários. Na ação, a procuradoria vai pedir para que os serviços de socorro médico e mecânico, realizados pelas concessionárias, sejam mantidos.
Bem Paraná
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