Ex-governador Beto Richa deixa a prisão e diz que voltará à campanha por vaga ao Senado
- 15/09/2018
O ex-governador do Paraná e
candidato ao Senado pelo PSDB, Beto Richa, deixou a prisão no início da
madrugada deste sábado (15). Preso desde terça-feira (11) no Regimento da
Polícia Montada, no bairro Tarumã, em Curitiba, ele foi solto após decisão do
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, na noite de
sexta-feira (14).
A mulher de Beto e ex-secretária
estadual, Fernanda Richa, e outros 13 investigados da Operação Rádio Patrulha
também tiveram a liberdade concedida. Em declaração na saída do Regimento, Beto
Richa, classificou como crueldade a sua prisão e questionou a seriedade do
delator, Toni Garcia. "O que
fizeram comigo foi uma crueldade enorme, eu não merecia o que aconteceu, mas
estou de cabeça erguida. Continuo respondendo a todas as acusações. Foram dias
de sofrimento para mim e toda a minha família. Lamento que a palavra de um
delator sem credibilidade tenha começado isso. Vale a minha palavra ou a
dele?", questionou o ex-governador.
Quero abraçar meus filhos e netos e voltar à campanha".
Os investigados foram detidos
pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco)
suspeitos de envolvimento em um esquema de superfaturamento de contratos para
manutenção de estradas rurais em troca de propina.
Antes da decisão do ministro, o
juiz Fernando Fischer havia convertido as prisões temporárias em preventivas do
ex-governador e de outros nove investigados na operação considerando haver
risco à ordem pública e à ordem econômica. Nesta sexta, Beto foi levado a depor
no Gaeco, mas preferiu ficar calado. Fernanda Richa também prestou depoimento e
falou por mais de uma hora.
A ex-primeira-dama Fernanda Richa
recebeu antes o alvará e foi solta à meia-noite. Saiu em um carro fechado e não
falou com os jornalistas. O irmão do ex-governador, Pepe Richa, ex-secretário
de Infraestrutura também foi liberado. Outros 11 presos na Operação Rádio
Patrulha, do Gaeco, estavam no Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na região
metropolitana, e também foram soltos. O ex-chefe de Gabinete de Richa,
Deonilson Roldo, tem outro mandado de prisão em seu nome, da 53ª fase da Lava
Jato, a Operação Piloto, e deve permanecer preso.
O MP investiga o pagamento de propina a agentes públicos, direcionamento de licitações de empresas, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça. Beto Richa é considerado chefe da organização criminosa, que fraudou uma licitação de mais de R$ 70 milhões para manutenção das estradas rurais, em 2011, segundo as investigações.
Bem Paraná
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