Beto Richa e Fernanda prestam depoimento no Gaeco e Joel Malucelli se entrega
- 14/09/2018
A manhã começou movimentada na
sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), no
bairro Ahú, em Curitiba. Presos na última terça-feira (11 de setembro), o
ex-governador Beto Richa e sua esposa, Fernanda, chegaram ao local por volta
das 8h30 para prestar depoimento. Logo em seguida, por volta das 9 horas, foi
vez do empresário Joel Malucelli, sogro de João Arruda e primo do candidato a
vice-governador de Cida Borghetti, Coronel Malucelli, entregar-se às
autoridades.
O ex-governador do Paraná e sua
esposa irão prestar depoimento aos promotores do Ministério Público do Paraná
(MPPR) ao longo de toda a manhã e em seguida retornarão para o Regimento de
Polícia Montada, no Tarumça, onde estão presos.
Ontem, outros dois membros da
família Richa já prestaram depoimento ao Gaeco: Pepe Richa, irmão de Beto, e
André Richa, um dos três filhos do ex-governador e candidato ao Senado.
Já Joel Malucelli, que chegou a
ser considerado foragido, entregou-se às autoridades após retornar de viagem à
Itália e agora ficará preso, cumprindo o mandado de prisão expedido pelo juiz
Fernando Fischer, da 13ª Vara Criminal de Curitiba. Após chegar à sede do
Gaeco, ele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para realizar
exames.
Outros depoimentos
Outros dois que devem depor ainda
nesta sexta-feira são André Bandeira e Edson Casagrande. Os dois chegaram à
sede do Gaeco cerca de 15 minutos depois do casal Richa, ou seja, por volta das
8h45. Casagrande, ex-secretário estadual e empresário, deverá ser o primeiro a
depor, seguido de André, Beto e Fernanda, nessa ordem.
Ontem foram ouvidos como
declarantes na investigação o André Richa e um representante da Conttrans,
identiticado como Bruno. Entre os investigados, prestaram depoimento Pepe
Richa, Dirceu Puppo, Aldair Neco, do DER, e o empresário Celso Frare. Já em
Londrina, foi ouvido Luiz Abi Antoun, primo de Beto Richa.
Próximos passos
Depois da conclusão dos
depoimentos, o coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, explicou que
serão feitas as análises do depoimento para então se discutir quais medidas
serão tomadas. "(A partir daí decidiremos) As medidas que vamos tomar,
quem sabe a própria denúncia ou então outras medidas que ainda não temos
definido".
Habeas corpus negado
A ministra Laurita Vaz, do
Superior Tribunal de Justiça, rejeitou ontem pedido de habeas corpus da defesa
do ex-governador e candidato ao Senado, Beto Richa (PSDB) e de sua esposa, a
ex-secretária da Família, Fernanda Richa, presos desde a última terça-feira, na
operação “Rádio Patrulha”, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
(Gaeco) do Ministério Público estadual, que investiga suspeita de fraudes em
obras de estradas rurais. Na noite de quarta-feira, o mesmo pedido para
libertar o tucano e sua mulher já havia sido negado pelo desembargador Laertes
Ferreira Gomes, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ). A defesa do tucano
recorreu então ao STJ.
A prisão temporária é válida por cinco dias, podendo ser prorrogada por mais cinco ou convertida em preventiva, sem prazo. Na decisão de quarta-feira, o desembargador do TJ afirmou que as prisões são necessárias para evitar que eles e os demais detidos deturpem a investigação “orientando testemunhas e destruindo ou alterando documentos”. Richa e Fernanda são acusados de participar de um esquema que teria desviado mais de R$ 70 milhões através de fraude em licitações do programa “Patrulha do Campo”, de obras de melhorias em estradas rurais. Eles negam as acusações. As denúncias foram baseadas nas delações do ex-diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR), Nelson Leal Júnior e do ex-deputado estadual Tony Garcia, amigo de infância do ex-governador.
Bem Paraná
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