Políticos do Paraná gastam mais de R$ 320 mil com campanha patrocinadas nas redes sociais
- 05/09/2018
Os candidatos às eleições deste ano no Paraná já gastaram um
total de R$ 321.261,00 na campanha com impulsionamento de conteúdo eleitoral na
internet, segundo dados declarados à Justiça Eleitoral entre os dias 16 e 30 de
agosto. Em todo o País, o valor gasto nessa modalidade de campanha foi de R$
2.039.108,19.
No Paraná, a governadora e candidata à reeleição, Cida
Borghetti (PP), foi a responsável por quase metade da despesa com esse tipo de
propaganda. Ela declarou já ter gasto R$ 150 mil para impulsionar suas
publicações nas redes sociais. Seu marido, o deputado federal e candidato à
reeleição, Ricardo Barros (PP), é o segundo da lista, e declarou outros R$ 40
mil.
O candidato do PSD ao governo, deputado estadual Ratinho
Júnior, apontou gasto de apenas R$ 10 mil com a campanha nesse meio. O
ex-governador e candidato ao Senado, Beto Richa (PSDB), investiu R$ 9,4 mil
nessa modalidade de campanha virtual.
Esta é a primeira eleição em que é permitido efetuar o
impulsionamento de conteúdo na internet para fins eleitorais, desde que
identificado de forma clara e contratado exclusivamente por partidos políticos,
coligações, candidatos e seus representantes. A norma proíbe, porém, a
veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga na internet.
Na disputa para a Presidência da República, o montante
declarado com ações nas redes sociais foi de R$ 50.000,00. Os candidatos aos
governos dos estados declararam gastos que somam R$ 650.240,00. Entre os que
disputam vagas para o Senado, os valores alcançaram R$ 330.600,00. Os
candidatos que concorrem a vagas na Câmara Federal informaram a destinação de
R$ 597.977,70 para campanhas de impulsionamento na internet, e os candidatos às
assembleias legislativas gastaram R$ 398.390,48. Entre os que disputam vagas na
Câmara Legislativa do Distrito Federal, o gasto foi de R$ 4.900,00. Já direções
estaduais/distritais de partidos informaram gastos de R$ 7.000,00.
Além do impulsionamento de conteúdo e controle de gastos, as
alterações na propaganda eleitoral na internet preveem a proibição do uso de
perfis falsos e robôs, responsabilização pela remoção de conteúdo e direito de
resposta pelo mesmo meio utilizado para divulgar o conteúdo ofensivo.
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