Registro de candidatura de Lula é publicado no 'Diário da Justiça'
- 17/08/2018
O registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) foi publicado no "Diário da Justiça Eletrônico" desta
nesta sexta-feira (17).
O PT foi o último partido a registrar candidatura à
Presidência, na quarta-feira (15). Ao todo, 13 candidatos concorrerão ao
Palácio do Planalto neste ano. Todos já tiveram registros de candidatura
publicados. O primeiro turno está marcado para 7 de outubro e o segundo, para o
dia 27.
Na prática, com a publicação do edital, a Justiça Eleitoral
considera que houve publicidade oficial para a candidatura e é aberto o prazo
para impugnações (questionamentos), que vai até o dia 22.
Ao todo, até a noite desta quinta-feira (16), a candidatura
de Lula foi alvo de sete questionamentos.
Pelas regras, candidatos, partidos, coligações e o
Ministério Público podem contestar as candidaturas em até cinco dias a partir
do edital. Além disso, qualquer cidadão que esteja com direitos políticos
válidos pode apresentar "notícia de inelegibilidade", ou seja,
informar ao TSE que o candidato está inelegível.
O registro da candidatura de Lula será relatado pelo
ministro Luís Roberto Barroso.
Registro da candidatura
Presidente da República de 2003 a 2010, Lula foi registrado
como candidato do PT ao Palácio do Planalto na eleição deste ano em uma chapa
formada com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, também do PT.
A candidatura de Lula, contudo, passou a gerar
questionamentos na Justiça principalmente por ele já ter sido condenado em
segunda instância e estar atualmente preso.
A Lei da Ficha Limpa prevê que uma pessoa se torna
inelegível após ser condenada por órgão colegiado da Justiça – Lula foi
condenado pelos três desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região. Mas o TSE ainda precisa decidir sobre a situação do
ex-presidente.
No entendimento dos desembargadores do TRF-4, Lula recebeu
da OAS um apartamento triplex em Guarujá (SP) em retribuição a contratos
firmados pela construtora com a Petrobras.
Desde o início das investigações, Lula tem reafirmado que é
inocente e que o imóvel não é dele. A defesa do ex-presidente também argumenta
desde o começo do processo que ele não cometeu crimes antes, durante ou depois
do mandato.
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