Secretário diz que 'movimento' causou aumento de casos e que Paraná não atingiu pico

  • 21/05/2020

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou nesta quarta (20) o informe epidemiológico da Covid-19 com o total de 2.616 pessoas infectadas no Paraná, com 136 a mais do que no boletim de terça (19) e sete mortes confirmadas, somando agora 137 mortes. Foi o maior aumento de mortes e de casos em um dia, com base na data de divulgação, já que as confirmações não ocorrem necessariamente em 24 horas. Porém, os números preocupam a Secretaria de Estado de Saúde.

Em entrevista ao telejornal Boa Noite Paraná nesta quarta (20), o secretário de Saúde Preto atribuiu a elevação ao aumento de atividades nas últimas semanas. "Tivemos as filas nas agências da Caixa para recebimento de benefícios da Caixa e também o movimento do Dias das Mães. Não há milagre nisso. Se o número de pessoas nas ruas aumenta, o número de casos também aumenta. Ainda estamos com a curva sob controle, mas para continuar assim os paranaenses precisam continuar a colaborar com o isolamento social e as medidas sanitárias", disse o secretário. Segundo ele, a ocupação das Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) também aumentou, foi de 30 para 39%, mas descartou que o Paraná tenha alcançado o pico. "O pico virá com o frio e com a chuva, porque o tempo seco ajuda a segurar a disseminação do vírus. Por isso o isolamento é importante e quem tiver que sair, precisa usar a máscara e tomar todos os cuidados", afirmou Preto.

O secretário também afirmou nos próximos dias o número de casos confirmados tende a aumentar no Paraná também por causa da disponibilização de mais testes para covid-19, o que será bom para que o governo tenha mais informações sobre o avanço da doença e possa tomar as decisões com mais embasamento. "Nós estamos de olho nos números todos os dias. Se os casos aumentarem, o governo pode tomar medidas mais drásticas no sentido do isolamento", afirmou ele. 

Por outro lado, Preto afirmou que o governo está avaliando os pedidos para reabertura de shoppings, academias, igrejas e templos: "Nós entendemos que as pessoas de fome de saber, fome de emprego e até fome de fé, o por isso estamos trabalhando com muito respeito todas as reivindicações, sempre observando os números". 

Sobre o reforço de fiscalização nas fronteiras do Paraná com São Paulo, Preto disse que é necessário porque hoje o estado vizinho é epicentro da Covid-19: "Estamos muito próximos, tem muito paranaense que tem parente em São Paulo, muita gente que precisa se deslocar por trabalho, por isso estamos reforçando a fiscalização". 

Com inf, Bem Paraná | Foto: Antonio Américo/SESA.

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